Boicote ao filme “Ainda Estou Aqui” ganha força nas redes, incentivado por perfis de direita
- Lyslano M Maqrues
- 13 de nov. de 2024
- 2 min de leitura
Filme sobre Eunice Paiva, viúva do ex-deputado Rubens Paiva, morto durante a ditadura militar, é alvo de protestos online; longa é o representante do Brasil ao Oscar 2025.
Perfis de direita nas redes sociais incentivam boicote ao filme *Ainda Estou Aqui*, de Walter Salles. O longa adapta o livro autobiográfico de Marcelo Rubens Paiva, centrando-se na história de Eunice Paiva, viúva de Rubens Paiva, deputado morto durante a ditadura militar em 1971. Em uma postagem no X (ex-Twitter), um internauta associou o protesto ao ex-presidente Jair Bolsonaro, criticando Fernanda Torres, que interpreta Eunice no filme, por suas declarações na mídia.
Torres recentemente comentou em entrevista à BBC que a história tocaria a todos, independente de posicionamento político: “Tenho certeza que vai te tocar em um lugar diferente. Vi isso em todos os países por onde o filme passou”. No entanto, o trecho de sua fala foi usado por internautas que apontaram um suposto desprezo da atriz por eleitores de direita, intensificando a polêmica.
Escolhido pela Academia Brasileira de Cinema para representar o Brasil na categoria de Melhor Filme Internacional no Oscar 2025, *Ainda Estou Aqui* conta com Fernanda Torres, Fernanda Montenegro e Selton Mello no elenco. O filme já foi premiado com Melhor Roteiro no Festival de Veneza e foi exibido em Toronto, San Sebastián e no Festival de Nova York. A lista de pré-indicados ao Oscar será divulgada em 17 de dezembro e a cerimônia acontecerá em 2 de março de 2025.
A controvérsia em torno do filme reflete as tensões políticas que ainda cercam temas relacionados ao período da ditadura militar, com setores da sociedade expressando descontentamento e incentivando o boicote, enquanto outros veem a obra como uma importante reflexão sobre a história do Brasil.
Abaixo temos algumas das publicações que pedem o boicote a “Ainda Estou Aqui”:


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