Megareserva de petróleo na Antártida supera Arábia Saudita e preocupa ambientalistas; Argentina e Chile prometem luta pela preservação
- Lyslano M Maqrues
- 13 de nov. de 2024
- 1 min de leitura
Rússia anuncia descoberta de 511 bilhões de barris de petróleo na Antártida, reacendendo debate sobre exploração e proteção ambiental
A Rússia revelou recentemente uma vasta reserva de petróleo na Antártida, estimada em 511 bilhões de barris, ultrapassando as reservas da Arábia Saudita. A descoberta trouxe à tona preocupações ambientais globais e intensificou a disputa pela preservação do continente. Argentina e Chile se opõem à exploração, defendendo o Tratado da Antártida de 1959, que protege o continente de atividades mineradoras.
Segundo a Rosgeo, agência russa de exploração mineral, a operação de descoberta foi realizada pelo navio Alexander Karpinsky, no Território Antártico Britânico. A área é geologicamente única, abrigando depósitos de petróleo originados de transformações ocorridas há milhões de anos.
Ambientalistas alertam que a exploração no local pode acelerar o aquecimento global e ameaçar o frágil ecossistema polar. O degelo das geleiras, intensificado pela extração, pode afetar diretamente a fauna local, especialmente pinguins, além de contribuir para a elevação do nível do mar, colocando em risco comunidades costeiras ao redor do mundo.
Argentina e Chile, que reivindicam parte do território, reforçam a necessidade de preservação, alertando que flexibilizar o Tratado abriria precedentes perigosos. Segundo especialistas, a exploração de petróleo na região, além de ser um desafio ambiental, coloca em xeque o compromisso global com a transição energética para fontes mais sustentáveis. A dependência de combustíveis fósseis pode resultar em impactos irreversíveis para o clima e o equilíbrio ecológico mundial.
A Rosgeo, com histórico de descobertas em áreas remotas, vê na Antártida um marco para consolidar sua atuação. Entretanto, a questão permanece: a busca por petróleo no continente gelado vale os possíveis danos irreversíveis ao meio ambiente?
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