Palmeiras negocia acordo bilionário com Sportingbet e mira recorde em patrocínios
- Lyslano M Maqrues
- 22 de nov. de 2024
- 3 min de leitura
Novo contrato de quatro anos pode ultrapassar R$ 150 milhões por temporada, incluindo metas esportivas e reajustes anuais. Clube também busca expandir ganhos com outras áreas do uniforme.

O Palmeiras está prestes a fechar um dos maiores acordos de patrocínio do futebol brasileiro. O clube alviverde negocia com a Sportingbet para ocupar o espaço máster dos uniformes masculinos e femininos profissionais. O contrato, que será válido por quatro temporadas, prevê valores fixos de R$ 100 milhões e pode ultrapassar R$ 150 milhões por ano, caso metas esportivas como conquistas de títulos sejam alcançadas.
Atualmente, restam apenas ajustes jurídicos e a assinatura do contrato para oficializar a parceria. A novidade marca uma mudança significativa em relação ao acordo anterior com a Crefisa e FAM, que não previa reajustes anuais nos pagamentos fixos, algo que foi amplamente criticado por conselheiros e especialistas.
Destaques do contrato com a Sportingbet
Valorização fixa anual:O contrato será corrigido com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que acumula 3,88% até novembro de 2024, segundo o IBGE. A ausência de correção era uma das principais críticas ao contrato da Crefisa e FAM.
Bonificações e metas esportivas:Caso o Palmeiras conquiste títulos relevantes, os valores podem aumentar substancialmente, superando R$ 150 milhões em uma única temporada.
Unificação dos patrocínios máster masculino e feminino:Pela primeira vez, o mesmo patrocinador ocupará o espaço central dos uniformes de ambas as equipes profissionais, sem uma divisão de percentual pré-definida.
Abertura para novos patrocínios:O contrato não exige exclusividade em outras áreas do uniforme, permitindo ao clube negociar omoplatas, mangas, barras e calções com outros patrocinadores.
Comparação com o contrato atual da Crefisa/FAM
Atualmente, o Palmeiras recebe R$ 99,5 milhões anuais no total:
R$ 81 milhões pelo time masculino, abrangendo o espaço máster, mangas, costas, shorts e meiões.
R$ 18,5 milhões pelo time feminino, que tem a Esportes da Sorte como patrocinador máster até o fim de 2024.
O contrato da Sportingbet, focado apenas no espaço máster, promete valores similares ao atual, mas com mais flexibilidade para o clube negociar outras áreas do uniforme.
Desafios com a categoria de base
Um dos pontos de atenção é que a legislação brasileira proíbe publicidade de casas de apostas em categorias abaixo do futebol profissional. Para contornar essa limitação, o Palmeiras tem negociado um "combo" de espaços do uniforme masculino e da base com outras empresas, garantindo uma receita complementar.
Uma das interessadas é a BYD, empresa do setor automotivo que já investe no esporte brasileiro. A presidente Leila Pereira, que busca reeleição no próximo domingo, afirma que deseja concluir essas negociações ainda nesta temporada.
Impacto e expectativa para o futuro
A nova configuração de patrocínios reforça o modelo sustentável que o Palmeiras vem buscando nos últimos anos, reduzindo a dependência de um único parceiro e potencializando o uso do uniforme como ferramenta de marketing.
Caso o contrato seja confirmado, o clube poderá alcançar um dos maiores patrocínios do futebol nacional, com projeções para ultrapassar R$ 200 milhões anuais somando todas as áreas do uniforme. A inclusão do time feminino no acordo também reflete o crescimento e a valorização da modalidade.
Com a reeleição de Leila Pereira em disputa e o início de novos projetos, o Palmeiras demonstra que pretende seguir como referência em gestão esportiva e inovação no mercado de patrocínios.
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